CRÍTICA | Em uma fórmula já conhecida, Vai que Cola – O Começo arranca gargalhadas do público

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Depois de um filme e uma série com mais de 240 episódios no Multishow, Vai que Cola retorna aos cinemas para contar a história de origem do grupo de amigos do Méier. Dirigido por César Rodrigues (mesmo diretor de Minha Mãe é uma Peça 2), o longa traz quase todos personagens já conhecidos da trama, exceto por Paulo Gustavo.

O segundo filme volta um pouco no tempo, para os dias onde não existia ainda a pensão da Dona Jô (Catarina Abdala), e que Jéssica (Samantha Schmütz), Ferdinando (Marcus Majella) e Máicol (Emiliano D’Ávila) ainda não se conheciam.

A história principal (que liga todos os personagens) gira em torno de Tiziu (Fábio Lago), o finado de Terezinha (Cacau Protásio), que no longa ainda está vivo. Toda a trama acaba se desenrolando no retorno do personagem ao Morro do Cerol e da morte (cômica) dele. Para quem acompanhou a série, ou somente viu o filme anterior, é engraçado assistir o primeiro contato dos personagens entre si, já que a Pensão da Jô ainda nem existia (neste longa) para inicio de conversa.

Todos os personagens são carismáticos e captam a atenção do público de imediato. O fato de serem reais e “gente como a gente” é um grande fator para essa identificação. Não há glamurarização nem no dialeto, ou nas piadas. Você acaba se vendo em algumas situações específicas ou associa com algum conhecido. Esse lado “pé no chão” do filme é uma das explicações para seu sucesso estrondoso.

Vale mencionar que Ferdinando (Marcus Majella) e Máicol (Emiliano D’Ávila) se destacaram neste filme. De algum modo, os atores conseguiram evoluir e mostraram um desempenho melhor do que das outras produções (não que tenham sido ruins). A personalidade conflitante dos dois personagens e a forma que ainda assim eles tinham química entre si foi um dos elementos hilários do longa. Cabe dar os devidos créditos aos roteiristas que souberam usar os personagens de forma excepcional, explorando as suas melhores características e fornecendo as piadas mais divertidas.

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Apesar do filme ser extremamente hilário, ao ponto de você ficar com as bochechas doendo de tanto rir, o longa não traz novidade. Vai que Cola – O Começo utiliza a mesma fórmula de seu filme antecessor e da série de televisão. As piadas tem o mesmo tom, e apesar de funcionarem, não trazem o sentimento de novidade ou de algo único. É como se você estivesse assistindo um episódio na televisão de sua casa.

A história consegue ser bem coesa e bem direta, respeitando os acontecimentos já mostrados anteriormente (no filme e na série). É um ótimo divertimento, para toda a família — já que muitas de suas piadas são próprias ou tem duplo sentido, nada é muito explícito —,  e uma ótima pedida caso você queria realmente rir e se entreter por 1 hora e meia.

Vai que Cola – O Começo está em cartaz nos cinemas brasileiros.

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Autor do Post:

Ludmilla Maia

Estudante da U.A, protegida da Annalise Keating, cantora amadora dos New Directions, sobrevivente da ilha de Lost, parça do Bojack, e uma Amazona perdida que ouve KPOP e assiste muito drama asiático.

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