“A Viúva Grávida” não é o meu tipo de leitura

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Com muito esforço, consegui chegar ao fim das mais de 500 páginas do livro “A Viúva Grávida”, de Martin Amis. Não que a obra seja ruim, mas definitivamente não é o meu tipo de leitura. Não me prendeu e nem mesmo me entreteu. Por vezes conquistava minha atenção, mas rapidamente me perdia.

Durante a leitura eu realmente viajei. Porém, fui a vários lugares que não tinham nada a ver com o que eu estava lendo. Em nenhum momento eu pensei naquele universo burguês dos anos 1970, em um castelo na Itália, que Amis narrou. A história foca em três jovens de 20 anos, um homem e duas mulheres. Os holofotes, no entanto, estavam virados principalmente para Keith.

E nesse meio podemos ver diálogos superficiais e descartáveis, que até se enquadram no universo daqueles jovens, mas não deveria ocorrer durante todo o tempo. Eu entendo que Amis tentou usar do humor para narrar a história e prender o leitor, mas com certeza não foi um humor que me alcançou.

Amis parece focar, principalmente, em assuntos relativos ao sexo para pautar toda a história. Tudo bem, a narrativa acontece na época do progresso do “amor livre”, mas torna-se insuficiente para manter uma história por mais de 500 páginas. Por mais que, em diferentes momentos, usa-se e abusa-se da beleza de Scheherazade para tentar manter o foco, além de comparações com a outra personagem feminina, Lily.

Em outras palavras, o livro chega a ser pretensioso, mas com uma história que não tem a profundidade necessária para realmente sê-lo. Parece que a obra tenta ser mais inteligente do que realmente é. Nem mesmo a mescla da narrativa entre os anos 1970 e o início do século XXI, com lembranças que ainda atormentam Keith, parece funcionar para tornar mais interessante.

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Depois que escrevi isso tudo, fui em alguns fóruns e comentários internacionais. Porque não é possível que só eu não tenha ficado agradado com o livro. Acontece que, aparentemente, muita gente também não gostou, mas outras tantas acharam genial. Bem, nada de diferente das opiniões de milhões de outros livros.

Sinceramente, eu não recomendo “A Viúva Grávida”. Eu estou até agora feliz por ter gastado apenas R$ 10 para obter a obra física em uma promoção de livraria. Me sentiria bem tapeado caso tivesse disposto de mais dinheiro.

Autor do Post:

Henrique Schmidt

O louco dos livros, filmes, séries e animes. Talvez geek, talvez nerd, talvez preguiçoso, mas com certeza jornalista

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