Finalmente, nós brasileiros ganhamos um filme de Natal que preenche todos requisitos para ser considerado um clássico natalino, mundialmente famoso, com direito a muita risada e algumas lágrimas derramadas.
O novo filme nacional da Netflix, ‘Tudo Bem no Natal que Vem“, estreou no dia 03 de dezembro, com o protagonismo de Leandro Hassum e a direção de Roberto Santucci.
A história segue a vida de Jorge (Leandro Hassum), um homem rabugento que sempre odiou o Natal e costuma fazer de tudo para evitar as comemorações dessa data. Até um dia, quando acorda após sofrer um acidente, descobre que se passou um ano e já é véspera de Natal novamente, ao dormir percebe que esse padrão se repete e todos dias são vésperas do Natal do ano seguinte.

É impossível não comparar o filme com o clássico dramédia de Adam Sandler, Click, é inevitável. O filme traz a comédia popular, o drama familiar e te soca no estômago com uma reflexão que vai fazer você pensar sobre sua vida por horas. Além de, é claro, te fazer chorar quando você menos imagina. Mas, as comparações param aí.
Hassum é mestre em liderar uma comédia que agrada toda a família, da criança aos mais velhos, com piadas que funcionam e não desrespeitam ninguém, consegue ser family friendly até quando um tema sugestivo paira o ar. E o melhor de tudo, Leandro entrega um personagem totalmente identificável e palpável. Jorge, o protagonista, é alguém real. Sua casa é real, seus dramas familiares são reais, tudo que lhe envolve é familiar a nossa realidade. E isso faz com que a obra se torne mais prazerosa de assistir porque te cativa com a similaridade de uma realidade existente nas casas brasileiras.
A dinâmica entre os personagens, e por consequências suas atuações condizem com a proposta do filme. Não é nada de inovador ou de extrema surpresa aos olhos, mas é inteiramente divertido e agradável de assistir. Talvez, exceto pelas interações com Arianne Botelho, que fez a Aninha, filha caçula do protagonista. Em diversos momentos a conversa entre ela e o pai não parecia fluída, dava a sensação de que a atriz estava lendo um roteiro em momentos que precisavam de uma carga dramática maior.

Não posso negar que amo filmes natalinos, sempre amei, mas sempre senti um vazio por não ter tanta representatividade em filmes ao retratar o Natal brasileiro. Sem crianças acordando de manhã cedo pra abrir presentes, no Brasil ficamos acordados até meia noite para “ceiar” com a família, mesmo com brigas e palpites sobre sua vida pessoal, as crianças abrem os presentes logo após a comida e o tio do “pavê ou pra comer” sempre se faz presente.
No fundo, ‘Tudo Bem no Natal que Vem“, é o filme que o brasileiro estava precisando, para lembrar do caos e da felicidade que nosso Natal transmite. Em um ano tão caótico enxergar a importância e valorizar nossas tradições nunca foi tão importante. E, o melhor de tudo, agora o mundo também conhece um pedacinho da gente, já que o filme entrou para os mais vistos da Netflix ao redor do mundo.
Nota: 4/5
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Autor do Post:
Ludmilla Maia
25 anos. Criadora e uma das fundadoras da Tribernna, escrevo pra internet desde 2016. Amo podcast como amo cultura asiática e heróis. Nas horas vagas, concurseira e bacharel em direito.
Um dia eu te conto o que significa o nome “Tribernna”.