CRÍTICA | “Viúva Negra” o filme certo na hora errada

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Depois de 11 anos no MCU, Viúva Negra finalmente ganhou um filme solo, um filme de origem para fechar com chave de oura sua despedida no Universo Compartilhado da Marvel.

O filme, que se passa logo após os eventos de Guerra Civil, traz um lado mais humano da personagem abordando sua infância problemática e sua criação traumática. Natasha acaba encontrando um fantasma do seu passado e é por causa dele  que procura a sua “família”.

“Viúva Negra” é um filme que se distancia um pouco de outros blockbusters da Marvel. Seu tom mais sério se assemelha ao de “Soldado Invernal” e também de outros filmes de ação e espionagem como “Missão Impossível”. Inclusive há tantas cenas de combate e ação que chega ser um pouco difícil de digerir todas as informações jogadas em tela. De fato, o filme entrega muito mais cenas bem coreografadas de luta do que um roteiro super elaborado e dramático em si.

No entanto, “Viúva Negra” carrega sua dose de drama ao abordar os traumas que teve que lidar durante toda sua vida, as verdades sobre seu passado e o que fazer com seu presente. Esses momentos são bem pontuais na trama e acontecem de forma bem singela em momentos isolados. Não é o forte do filme, mas ele se faz presente.

Os personagem que auxiliam Natasha na sua caminhada são essenciais para balancear a trama que tende a ser intensa e densa demais. Sua irmã, Yelena (Florence Pugh) é um poço de carisma, a atriz consegue fazer funcionar em sua personagem uma mistura de Natasha e Alexei (David Harbour). Com um humor que funciona, um drama instigante e combates surreais. Esta é a comprovação que a fase 4 do MCU está em boas mãos.

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Harbour como Guardião Vermelho é um show a parte, ainda que Yelena carregue alguns comentários naturalmente engraçados, é ele que é o responsável por aliviar a trama como um super soldado em decadência, cheio de nostalgia pela era de ouro e tentando recompensar os seus erros. Já Rachel Weisz, a Melina, ainda que não tenha tido tanto destaque quanto os outros, entrega um ótimo desempenho, principalmente quando relembra Natasha que ela também cresceu na sala vermelha.

Vale mencionar que Cate Shortland fez um belíssimo trabalho dirigindo um filme que honrasse a história da personagem de modo que não havia sido feito desde então. Aqui não temos uma hipersexualização da personagem nem momentos que causam constrangimentos. É realmente algo inédito dentro do universo.

Infelizmente o que o filme deixa a desejar é sua trilha sonora, não entregando nada de impactante em momentos decisivos, o filme se apoia em músicas que remetem aos Vingadores ao fim apelando a nostalgia. 

Após mais de duas horas de filme, a sensação que instaura é de que a Marvel fez o filme certo na hora errada. Toda história de origem de Natasha e sua importância dentro do universo veio somente depois de masi de 10 anos que a personagem havia sido apresentada no universo dos cinemas, veio como um presente aos fãs e não algo necessário dentro da cronologia dos filmes. A Marvel demorou tanto que só percebeu o quão rica a personagem é após ela ter morrido. Uma lástima.

Nota: 4/5

Autor do Post:

Ludmilla Maia

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25 anos. Criadora e uma das fundadoras da Tribernna, escrevo pra internet desde 2016. Amo podcast como amo cultura asiática e heróis. Nas horas vagas, concurseira e bacharel em direito.

Um dia eu te conto o que significa o nome “Tribernna”.

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