Baseada no jogo de mesmo nome, a animação Cuphead foi lançada em fevereiro como uma produção original Netflix. Com 12 episódios de duração média de 15 minutos, a série faz jus à obra original, atinge tanto o público infantil, quanto o público adulto.
Tanto o jogo quanto a série seguem a mesma premissa: uma dupla de irmãos, Caneco e Xiqruinho, perdem sua alma em um jogo de azar para o Diabo e seguem aventuras para despistar o dono do inferno. Aqui entramos na grande polêmica da animação, muitos pais (que não sabiam do jogo) reclamaram do Diabo estar presente em um desenho infantil, podendo influenciar crianças, ou algo do tipo. Não existe mensagem subliminar na animação, e muito menos o Diabo é adorado, colocado sempre como uma figura vilanesca (e fracassada).
Animação me remeteu bastante às animações setentistas e oitentistas, como Looney Tunes e Pica-Pau, tanto no aspecto do traço da animação e seu estilo 2D, quanto na sua narrativa de personagens antropomorfizados que aprontam bastante durante os episódios. O desenho também traz alguns aspectos modernos (mas que já eram utilizados nos anos oitenta e noventa) de misturas o 2D com alguns cenários 3D, que lembra bastante animações como O Incrível Mundo de Gumball.
Os personagens são bastante carismáticos, tanto o Xiqruinho, quanto o Caneco cumprem muito bem suas funções de irmão que sempre se mete em encrencas e o irmão que tenta ajudar o outro e acaba sendo levado para as confusões. O Tio Chaleira entra como o velho sábio que sempre dá bons conselhos (e nem sempre é ouvido). A maioria dos episódios funcionam sozinhos, trazendo algumas aventuras e vilões daquele episódio. Mas em outros episódios, o Diabo aparece continuando sua saga de ir atrás dos irmãos.
Cuphead – A Série acabou deixando um gancho enorme para a segunda temporada, e ela já foi aprovada. A Netflix confirmou a segunda parte da animação, que já está em produção e deve chegar ainda esse ano na plataforma.
Nota: 4/5
Autor do Post:
Hector Sousa
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Sergipano. Bacharel em Cinema e Audiovisual. Cineasta, podcaster e improvisador. Escreve para Tribernna sobre cultura pop. Amante daquele pagodinho e fã do Miles Morales.