PRIMEIRAS IMPRESSÕES | Estreia promissora de “Loki” mostra desconstrução do herói e introduz jornada independente

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Loki sempre foi um dos personagens mais interessantes e intrigantes do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), ao longo de três fases pudemos assistir sua ascensão como um dos maiores vilões do MCU, contrariando inclusive a leva de vilões fracos e simplórios da primeira fase desse universo. Foi Loki quem causou todo o estrago que culminou na união do que veio a se tornar Os Vingadores e como tal, merece todo o destaque que sua história se propõe criar.

A série que teve sua estreia ontem (09), na plataforma de streaming Disney+ trouxe o tempo de tela que esse personagem tanto precisava para mostrar a força que pode ter quando tem o destaque apropriado. A confiança e o carisma que Tom Hiddleston traz quando da vida a esse icônico personagem, é suficiente para garantir entretenimento de qualidade em 50 minutos de um episódio quase sem ação, mas com visuais dignos de um filme da Marvel.

Na série, acompanhamos o deus da trapaça logo após fazer sua fuga com o tesseract – cena que foi exibida em Vingadores Ultimato e é rapidamente recapitulada no inicio do episódio – sendo preso por agentes de uma organização denominada AVT (Autoridade de Variação Temporal) que busca corrigir alterações na linha do tempo.

Ao ser levado para a sede dessa organização, que mais parece uma repartição de séries policiais dos anos 90, Loki é condenado ao que parece ser voltar a sua linha do tempo original e seguir com o seu destino, que já assistimos a conclusão em seu ultimo ato de herói ao ser morto por Thanos no inicio de Guerra Infinita. Até que o Agente Mobius (Owen Wilson) intervém em sua defesa acreditando que o vilão pode ser útil para a organização.

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O que vemos a seguir é o brilhantismo de dois atores em uma entrevista onde o até então vilão, assiste todas as suas fases e as consequências de seus atos até o dia de sua morte, fazendo uma dupla narrativa e questionando suas ações enquanto nós, espectadores, revisitamos sua jornada de redenção. O roteiro faz o seu papel de introduzir bem uma nova história sem desdenhar do passado de seu protagonista, muito pelo contrário, a série parece querer honra a construção desse personagem enquanto brinca com suas reações ao passado e ao futuro.

A série é visualmente linda, o que já é de se esperar considerando o nível de produção. Mas ela brilha ao pegar o personagem mais carismático de seu universo e colocá-lo questionando sua moralidade com todas as doses críticas de humor já esperadas de um anti-herói, que permite rir de si mesmo até em seus momentos de desgraça.

O primeiro episódio da série traz questionamentos inéditos para o MCU e brinca com alguns detalhes ainda frescos sobre o fim da fase três. É uma excelente estreia para um excelente personagem nas mãos de um brilhante ator. A  série é semanal e lançará um novo episódio todas as quartas-feiras na plataforma de streaming Disney+.

Autor do Post:

Yara Lima

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Uma das fundadoras da Tribernna, estudante de comunicação social, nordestina e periférica. Divide o tempo entre ler, dormir e escrever por ai!

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